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Comilança feroz em Old Delhi com a dupla do Rio4Fun

Memórias dum sábado em Old Delhi, com uma dupla de queridos que somos super fãs.

Logo após o término da nossa temporada no primeiro semestre de 2024, tivemos o privilégio de perambular por Old Delhi com o @gagui22 e a @ribs.rafa, o casal por trás do canal Rio4Fun.

Foi uma comilança feroz com muitos chais, kulfis, samosas, jalebis, kebabs e thalis que rendeu um vídeo lindíssimo no canal deles no youtube, fortemente recomendado para quem quer um spoiler desse caleidoscópio gastronômico que é a Índia. Procure lá e depois comente aqui o que você achou.

E se você também é do time que ama provar comidinhas de rua, nossa curadoria garante a segurança e a diversão em um dos bairros mais peculiares da capital indiana. Vem comigo?

Não perca a primeira temporada do Rio4Fun na Índia clicando aqui.

Vem comigo para Jodhpur? 💙

Conhecida por fotos do google images por ser a cidade azul, acaba atraindo os mais curiosos por esse fato pitoresco, mas a real é que: sim, existe uma parte antiga da cidade que ainda é azul, mas não, ela não é todinha azul. O que, sinceramente, não influencia, até porque Jodhpur tem muito mais pra entregar do que apenas a cor que deu sua fama.

Fundada em 1459 por Rao Jodha, a cidade que leva seu nome Jodh pur (leia-se, a cidade do Seu Jodha) foi palco de muitas batalhas dos Rajputs contra uma galera, principalmente em volta do estratégico Forte que ainda continua lá como testemunha de tudo que aconteceu e como um guardião de tudo que ainda acontece.

Mehranghar Fort – ou Forte do Sol – ainda preserva sua história, sua arquitetura, suas paredes cravejadas de um tempo onde a vida da majestade era para ser vivida apenas ali. Lá fora, um caos; dentro, um ambiente agradável pra ignorar o barulho do canhão a todo vapor. Visitar esse lugar hoje é poder admirar a beleza arquitetônica que resiste ao tempo e tentar se teletransportar por alguns segundos para uma época bem diferente do agora.

Saindo do forte rumo à cidade, uma caminhada pra se perder entre os becos azuis e os sarees coloridos das mulheres que ali habitam. Um passeio bem “vida como ela é” para observar a rotina e principalmente para que cada viajante possa traçar seu olhar único em meio a tantas coisas acontecendo.

Templos, baoris (antigos reservatórios de água), cenotáfios (memoriais) e um punhado de turbantes coloridos atravessam nosso caminho. Uma parada pra um chai sujinho, why not? E no final, um bazar fervilhante onde se encontra absolutamente tudo: do perfume caseiro ao tiozinho que faz sapatos, da samosa apimentada e crocante a lojinha de bengals, as pulseiras pra encher o braço, tecidos, vaquinhas, tuk-tuks desgovernados e claro, um bom souvenir pra levar pra casa. E não importa para onde você olhar, o guardião sempre vai estar lá, observando de longe cada beco que cruzamos.

Se liga também nessas dicas de produções que indicamos para você:

Destino Incomum – Índia em Cores, Ep. Jodhpur

Viagem a Darjeeling
Belíssimo filme de Wes Anderson, com muitas cenas gravadas em Jodhpur. Trailer abaixo:

Apaixonou? Temos viagens confirmadas pra você curtir Jodhpur com a gente no próximo semestre. Confira os roteiros:
💙 Rajastão Supercool (1º a 15 de fevereiro)
💙 Chuva de Curry (17 a 27 de fevereiro)
💙 Do Rajastão ao Ganges (16 a 30 de março)

Como lidar emocionalmente com o contraste socioeconômico durante uma viagem de férias?

Como lidar emocionalmente com o contraste socioeconômico durante uma viagem de férias?

por Felipe Savietto – @terapiapraviagem

Para mim existe um fator complicador quando viajo para países que apresentam uma realidade de vulnerabilidade social. Sou confrontado com uma série de emoções que costumam ser difíceis de lidar.

Observe a sequência que se passa na minha cabeça:

Começa pela tristeza, ao ver a pobreza escancarada; ainda que ela esteja tão presente na realidade brasileira. Nesse ponto eu adentro numa espiral de reflexão e começo a questionar o modelo capitalista, o colonialismo, etc.

Da tristeza eu sigo para a indignação, me sentindo praticamente a Tina, de @a.vida.de.tina (vale a pena conferir).

Mas então eu paro… e me recordo que estou de férias, que estou precisando descansar, que também preciso me cuidar, etc. Vem uma certa calmaria. Até que eu começo a contrastar os meus problemas com os das pessoas que eu vejo ali. Em seguida começo a pensar sobre como eu reclamo de “barriga cheia”, invalidando todas as minhas questões, que parecem pequenas nesse contraste.

Chega a hora que começo a sentir um pouco de raiva de mim por ter a “cara de pau” de ir explorar o local. Então penso que, pelo menos, estou ajudando o turismo e que, se ninguém estivesse turistando, as pessoas estariam piores. Depois percebo que, no fim das contas, o dinheiro sempre vai para grandes empresários, que estão explorando aquelas pessoas e que minhas reflexões são apenas para aliviar minha consciência.

Quanto mais de perto vemos, mais responsáveis nos tornamos. Assim nossas bolhas são quebradas.

Aí, em algum momento da viagem, começam a aparecer mais gente pedindo, ou, na melhor das hipóteses, insistindo para que eu compre alguma coisa. Passo a me sentir agredido e obrigado a fazer algo que eu não quero; e, muitas vezes, não posso.

Sinto raiva dessas pessoas insistentes. Elas “estragam” a viagem, quebrando a idealização do Paraíso. Elas destravam certos impulsos higienistas, que eu não queria ver. Depois sinto raiva de mim por sentir raiva delas; e por toda contradição e julgamento que eu ainda manifesto.

E começo tudo de novo a refletir sobre como o mundo não tem jeito, sobre como eu provavelmente, naquela situação, seria igual ou pior, sobre como a humanidade nunca muda, etc.

No fim das contas, é inevitável descobrir que o mundo é desigual e que nós, de alguma forma, somos tanto vítimas como mantenedores dessas injustiças, cada um com sua respectiva dose, de acordo com seu nível de privilégio.

Pelo simples fato de você poder viajar para um local com vulnerabilidade social, automaticamente você adentra no espectro do privilegiado, ainda que a viagem tenha exigido muito sacrifício, como é o caso da maioria dos que viajam.

A sensibilidade não nos torna seres humanos melhores, só nos torna humanos. E ponto.

Quero refletir um pouco sobre estratégias de enfrentamento para que, se você escolher visitar esses lugares, possa encontrar alternativas para além de ser arrastado por emoções desagradáveis ou cair na indiferença.

O primeiro ponto é reconhecer que o desconforto te traz para a humanidade. Ele será, possivelmente, uma consequência inevitável da sua escolha de ver outra realidade “in loco”. Quanto mais de perto vemos, mais responsáveis nos tornamos. Assim nossas bolhas são quebradas.

Se fossemos completamente indiferentes, possivelmente teríamos alguma patologia, ou, ao meu ver, um sério comprometimento de caráter. Por outro lado, a sensibilidade não nos torna, de forma alguma, seres humanos melhores. Só nos torna humanos e ponto. Ou seja, não tem nobreza em usar o seu sofrimento diante do sofrimento de alguém como forma de vanglória. Assim como também não tem nobreza na ajuda financeira que oferecemos a essas pessoas. É uma atitude possível, claro. Mas ela não te configura como um ser humano evoluído. Só revela a tua autonomia de poder oferecer recursos.

Uma postura interessante a se tomar nas viagens é a de ter mais interesse em aprender com as pessoas do que em oferecer algo.

Bom, uma vez que você está numa viagem à passeio, de que adianta sofrer se esse sofrimento não vai se tornar útil para alguém? De que adianta você estar num local lindo e não curtir por culpa, ou vergonha? Você já escolheu estar ali. De que adianta negar o seu privilegio e se tornar outra pessoa sofrendo?

Aquelas pessoas em vulnerabilidade social continuarão do mesmo jeito, e você apenas irá retornar para sua casa, seguindo os mesmos hábitos, e sem ter tido a oportunidade de descansar ou se divertir na viagem.

Se pergunte sobre em qual ocasião você quer colocar os seus privilégios, as suas habilidades e os seus recursos a serviço de trazer mais equidade no mundo. O melhor a ser feito é você simplesmente se liberar para curtir as férias, apesar de toda a vulnerabilidade. Mas que, posteriormente, você encontre um tempo no qual exista disponibilidade emocional para se dedicar ao serviço, seja numa outra viagem, com propósitos diferentes, ou de forma diluída no seu cotidiano.

A habilidade fundamental necessária aqui é a de conseguir transitar entre as emoções. Você permite que elas te atinjam, faz as reflexões cabíveis, mas depois libera elas para partirem e vive a próxima emoção que emerge, sem apego a anterior. Especialmente se você está num momento alegre com seus familiares, por exemplo numa praia paradisíaca. A saída está em entrar em contato com a tristeza que você sentiu durante o caminho até uma praia, por exemplo, e depois entrar em contato com a alegria de estar na praia. Tem contradição aí? Claro que tem. Bem-vindo ao clube dos humanos!

Uma outra postura interessante a se tomar nas viagens é a de ter mais interesse em aprender com as pessoas do que em oferecer algo. Se for possível, treine um encontro no qual se desfaça momentaneamente as desigualdades. No qual vocês sejam apenas duas pessoas falando sobre a vida, a família, as dores, as visões de mundo, sem hierarquia alguma. Descubra também que, para além dos recursos materiais, somos todos interdependentes do que as pessoas podem nos oferecer com sua visão de mundo. Tenha sempre um olhar empoderador sobre o outro, como quem quer descobrir as potencialidades que permitem a existência, para além das vulnerabilidades. Desfaça o olhar de dó. Nesse sentido, se interesse pelas pessoas que você encontrar nessa viagem. Escute-as!

Dessa forma, toda a espiral emocional e as reflexões que você fez nesse local não serão em vão. Você se libera para curtir, viver, chorar, rir, crescer, se alegrar, enraivecer; ou seja, todas as emoções encontram espaço, fluidez e vazão, de acordo com que sua “musculatura” dá conta.

A Índia e o Lockdown

Vamos falar sobre a pandemia na Índia?

por Roberto

PS: Este texto foi escrito dia 23 de maio de 2020.

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É complicado escrever sobre a situação por aqui, porque cada vez que terminamos o texto, tudo já está diferente. Hoje, por exemplo, estamos na quarta fase do maior lockdown em vigor no planeta.

Não vamos falar sobre os números aqui, mas independente da margem de subnotificação que é inevitável num país com 1.3 bilhão de habitantes, os resultados estão sendo bem positivos até agora. A Índia começou cedo com as precauções: no final de janeiro já estavam tirando a temperatura de todas as pessoas vindas da China, logo proibiu os voos vindos de lá e na sequência suspendeu a emissão de novos vistos para estrangeiros. Quando atingiu 500 casos confirmados de infeção e as 10 primeiras mortes, o Primeiro Ministro decretou um lockdown geral no país, afetando 1/6 da população do planeta. Os números continuaram crescendo, mas num ritmo muito inferior aos países europeus e americanos.

A cronologia é a seguinte: no dia 24 de março foi decretado o primeiro lockdown que duraria 3 semanas, com paralisação completa dos fluxos e dos deslocamentos. Estradas foram bloqueadas e ninguém mais poderia entrar ou sair da cidade sem autorização. A segunda fase foi do dia 15 de abril até 3 de maio, com algumas flexibilizações (agricultura e algumas indústrias consideradas essenciais, com redução no quadro de funcionários, voltaram a funcionar). A terceira fase começou no dia 4 de maio e supostamente termina hoje. Neste período, a Índia foi dividida em 733 zonas, classificadas pelas cores verde, laranja e vermelha, de acordo com o número de casos conformados. As zonas verdes e laranjas foram as que demonstraram menor taxa de proliferação do vírus e já tiveram flexibilizações significativas, como a volta de alguns comércios e outros serviços, respeitando restrições e mantendo o distanciamento social.

No dia 18, entramos no lockdown 4.0, onde as estradas foram abertas e alguns trens especiais estão circulando. Os aeroportos seguem fechados e não há voos domésticos nem internacionais. Carros, ônibus, tuktuks e motos estão liberados para transitar, porém com restrições. Templos, estádios e eventos ainda estão suspensos, o uso de máscara é obrigatório e o distanciamento social segue recomendado como se fosse um mantra.

No dia 31 de maio está prometida a suspensão do lockdown, se os números de casos confirmados se estabilizar. Oremos para que Shiva, Brahma, Vishnu e todos seus avatares dêem uma forcinha para as notícias sejam as melhores possíveis.

Em época de Covid19, você sabe qual a diferença entre Distanciamento social, Isolamento, Quarentena e Lockdown? Se ainda não sabe, aí vai um resumão:

DISTANCIAMENTO SOCIAL

Esta é uma atitude voluntária e que depende da boa vontade de cada um. O Covid19 não é um vírus que se espalha pelo ar, ele se espalha através de gotículas expelidas por uma pessoa contaminada (a duplinha Espirro & Perdigoto). Segundo especialistas, 1,5 metro de outra pessoa já é uma distância segura. Para aquelas pessoas que falam cuspindo, uns 4 metros são suficientes. Ah, e como muitas pessoas podem estar assintomáticas (contaminadas com o vírus sem apresentar sintomas e espalhando loucamente por aí), o uso de máscara é fundamental nesta hora. Nesta fase, pega mal participar de festinhas, eventos esportivos, culturais e religiosos. Recomenda-se evitar aglomerações e apinhamentos em geral, mas não há aplicação de multa ou detenção.

ISOLAMENTO

Esta também é uma atitude voluntária para evitar a propagação do vírus, para pessoas que foram contaminadas ou estão com suspeita. Gente que teve contato com pessoas contaminadas, que passou (ou viajou) por locais altamente infectados. A recomendação médica é de 14 dias, tempo suficiente para saber se o vírus vai ou não se manifestar no corpitcho. Como ninguém vai controlar o que você fez ou deixou de fazer, o importante nessa hora é ter um pouco de noção, e saber que você involuntariamente pode ser um agente de propagação. Pode ser feito em casa (ou num hospital), então se você não trabalha em atividades essenciais, aproveite seu sofá para maratonar o Mahabharata, ler o Bhagavad Gita ou assistir uns filmes de Bollywood, com 3 horas cada.

QUARENTENA

Aqui a coisa começa a ficar séria e já não depende tanto da boa vontade do cidadão. Para evitar a propagação de casos potenciais, a circulação de pessoas fica restrita a uma área e um horário determinados pelos órgãos oficiais, como Secretarias de Saúde do Estado ou Município, em um ato administrativo. Geralmente o prazo é de 14 a 40 dias e pode haver punições como multas e advertências para os mais cabeça-duras. Sabia que aqui na Índia teve até policiais ensinando yoga no meio da rua para os infratores da quarentena?

LOCKDOWN

É quando o bicho pega de verdade. Lockdown é uma paralisação completa dos fluxos e dos deslocamentos. Medida drástica pra chuchu, onde carros, trens, tuktuks, metrôs, aviões têm circulação reduzida e as pessoas só podem sair de casa com autorização ou para comprar comida e remédios. Nesta fase, o governo pode até usar a polícia e o exército para prender e multar os infratores. O principal objetivo de um lockdown é evitar que as pessoas se encontrem e se desloquem de uma área para outra, transportando e espalhando o vírus para outras regiões. Com tudo fechado, a consequência também é uma paralisia econômica no país.

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Não sabemos como ficará o turismo este ano. Aliás, se alguém disser que sabe, estará mentindo. O que sabemos é que adaptações serão feitas e teremos que aprender a lidar com uma nova situação muito em breve. Se todomundo fizer a sua parte, ficando em casa, cuidando de si e dos outros, logo logo esta pandemia estará sob controle e poderemos pegar nossos passaportes para explorar esse mundão tão fascinante. Estamos morrendo de saudade das buzinas e da muvuca das ruas.

Destino Incomum – Índia em Cores

Destino Incomum
Índia em Cores

por Roberto

Lá por 2017, através de um amigo de um amigo, conhecemos o programa Destino Incomum, apresentado pelo Henrique Mendel e pelo Ricardo Maluf. Não demorou pra gente enviar uma mensagem para saber como foi a experiência deles pela Índia e trocar figurinhas. Desse papo, começou a admiração, a amizade e o convite pra viajar com a gente em março de 2020. Se Shiva quiser, foi só a primeira de muitas viagens que ainda faremos juntos.

Em aproximadamente 2 meses na Índia o Henrique gravou 10 episódios para temporada “Índia em Cores”. Prepare um masala chai, sente confortavelmente e aperte o play:

1. Holi Festival

2. Taj Mahal

3. Jaipur

4. Jodhpur

5. Jaisalmer

6. Rishikesh

7. McLeod Ganj

8. Nova Delhi

9. Varanasi

10. Mumbai

 

No canal deles ainda tem as temporadas Chernobyl & Auschwitz (Leste Europeu), Luzes do Norte (Islândia), Especial Nova Zelândia, África Selvagem (Congo, Quênia, Tanzânia, Zambia, Zimbabwe, Namíbia e Africa do Sul),  e em breve, Civilizações Perdidas.
Acompanhe o Destino Incomum pelo Youtube, Instagram e Facebook, ou pela TV no canal Travel Box Brazil.

Pequeno spoiler: em novembro o Henrique volta para Índia com uma expedição do Destino Incomum. Novidades em breve! 😉

Para mais detalhes sobre os roteiros para Índia no segundo semestre de 2020, é só clicar aqui.

Para Além do Triângulo Dourado

Para Além do Triângulo Dourado

por Roberto

Foram tantos quilômetros rodados em outubro de 2019 que mal tivemos tempo de registrar tudo. Sorte nossa que a querida Luiza Herdy estava com seu olhar e sua câmera sempre prontos para pegar cada momento dessa viagem que começou no clássico Triângulo Dourado (Delhi-Agra-Jaipur) e seguiu para o interior do Rajastão, com toda sua riqueza de cores, aromas e sabores, passando por Pushkar e Udaipur. Mas mais do que conhecer lugares, esta foi uma viagem que proporcionou novas amizades, histórias compartilhadas e inúmeros brindes com muito masala chai. Como grand finale, tivemos a oportunidade de celebrar o Diwali, participando pra valer e ajudando a acender mais de 500 diyas, as lamparinas de barro e ghee que simbolizam a vitória das luzes sobre a escuridão (ou da sabedoria sobre a ignorância), no nosso haveli favorito.
Obrigadões especiais para LuGarcia, Dani, Matheus, LuBiason, Erika, Márcia, Kikina por tantos momentos bacanas para guardar na memória e no coração.

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Créditos:
VIDEO: Luiza Herdy vimeo.com/luizaherdy
EDIT: Elvis Lins vimeo.com/elvislins
SOUND: João de Oliveira SoundCloud.com/olheveira

E se viajar te desse um diploma?

E se viajar te desse um diploma?

por Samir Abud

Se viajar desse diploma certamente viajaríamos mais.

Temos uma tara por certificado.

Apple e Google já não exigem mais. Já imaginou?

Se viajar desse diploma aí sim seríamos tudo que toda empresa quer.

Se viajar desse diploma daríamos menos rasteiras profissionais.

Se viajar desse diploma, entenderíamos a educação como um valor em si e não um meio para ganhar mais.

Se viajar desse diploma, o cargo ou salário mais alto não seria o único fim.

Se viajar desse um diploma, seríamos doutores de nós mesmos.

Se viajar desse diploma, desejaríamos atingir um topo diferente aos 30.

Se viajar desse diploma saberíamos a diferença entre gasto e investimento.

Se viajar desse diploma, seríamos humanos mais humanos.

Se viajar desse diploma, muita gente ia gostar de estudar.

Se viajar desse diploma, o sentido de network faria mais sentido.

Se viajar desse diploma, teríamos mais auto estima e resiliência.

Se viajar desse diploma equilibraríamos o valor entre a experiência a teoria.

Se viajar desse diploma colocaríamos os dois pés mais para fora da ignorância e do medo.

Se viajar desse diploma seríamos mais simples e menos prisioneiros.

Se viajar desse diploma sentiríamos o gosto real da liberdade.

Se viajar desse diploma, teríamos orgulho de verdade dessa palavra.

Se viajar desse diploma deixaríamos de agradar a todos, o tempo todo.

Se viajar desse diploma, falaríamos mais de nós e menos dos outros.

Se viajar desse diploma saberíamos como é bom ser um aprendiz.

Se viajar desse diploma pensaríamos melhor no que se diz.

Se viajar desse diploma teríamos respostas diferentes qd nos questionassem na rua.

Se viajar desse diploma entenderíamos que existem outros saberes.

Se viajar desse diploma teríamos um país com mais amor.

Se viajar desse diploma seríamos melhores pais, mães, filhos e amigos.

Se viajar desse diploma voltaríamos de festas menos vazios.

Se viajar desse diploma descobriríamos que viajar não é para muitos de nós.

Se viajar desse diploma as aulas de história seriam de verdade.

Se viajar desse diploma pararíamos de chamar ilusão de realidade.

Texto do coach, fotógrafo e nosso amigo Samir Abud, que trouxe para Índia suas Vivências em setembro de 2018 e novembro de 2019. Em 2020, faremos mais 3 viagens com ele.

Coisas Que Nunca Comi na Índia

Coisas que nunca comi na Índia

por Lari

Coisas Que Nunca Comi (ou evitava comer), é uma série produzida pela Tastemade Brasil. Okay, mas por que eu tô falando isso aqui? Bom, eles vieram gravar a terceira temporada do programa, e essa que vos escreve teve o prazer de guiar essa turma em terras indianas.

Fotos da @marianam e foto da capa do @claytongalvao

Foram 10 dias de viagem para gravar 12 episódios, passando por Delhi, uma longa viagem de trem de 18h para chegar em Varanasi e depois Kochi, no Sul da Índia. Tudo isso em busca de experiências gastronômicas, desde comida de rua até restaurantes cheios de pompa.

O resultado das aventuras do Tavião vocês conferem aqui abaixo. Espero que gostem. 🙂

1. Comida Sagrada no Templo Sikh

2. Jama Masjid e Comida Muçulmana

3. Fast food Indiano Arde Pra Caramba

4. Luxo, Pompa e Garbo na Índia

5. Os Currys Mais apimentados

6. Sobremesas Indianas

7. Ambulantes na Viagem de Trem

8. Café da manhã na rua do Crematório

9. Yoga Matinal e Pós-treino com Comida de Rua

10. Thali em Kochi

11. Ayurveda, Massagem e Almoço para curar o corpo 

12. Pescadores de Kochi

Um obrigada especial à essa equipe querida Mari, Claytinho, Edu e Tavião, que agora estão na Rússia em busca de novos sabores gravando a próxima temporada.

Para mais detalhes sobre os roteiros para Índia no segundo semestre de 2020, é só clicar aqui.

Hinduísmo para principiantes

Hinduísmo para principiantes

por Roberto

O hinduísmo é a terceira religião com maior número de seguidores no planeta, logo atrás do cristianismo e do islamismo, mas com um detalhe peculiar: é uma religião que praticamente só existe na Índia, onde mais de 1 bilhão de pessoas se dizem devotas de Shiva, Vishnu, Brahma ou alguma das outras milhares de deidades do panteão hindu. Mesmo com tantos deuses e deusas, o interessante é que os indianos não se consideram politeístas. Para eles, as imagens e símbolos são apenas manifestações de um só deus criador, chamado de Brahman, o Espírito Supremo.

A riqueza de detalhes e os simbolismos implícitos nas figuras talvez seja o que mais nos surpreende nesta forma de se relacionar com o divino. Enquanto os cristãos estão habituados a ver um homem sofrendo semi nu pregado numa cruz, para os hindus é muito normal a imagem de um homem azul tocando flauta sentado sobre uma vaca ou de um homem com cabeça de elefante e 4 braços, segurando um pratinho com doces, cujo veículo é um rato que promete encontrar os caminhos certos para prosperidade e abundância.

Há quem considere o hinduísmo mais como uma filosofia de vida do que uma religião, e para quem busca entender um pouquinho mais sobre o assunto, abaixo 3 vídeos do canal Conhecimentos da Humanidade, onde Léo Lousada e Bruno Lanaro explicam brilhantemente um pouco sobre esta religião milenar.

Em fevereiro de 2017 viajamos com o Leo e com o Bruno para Índia, no nosso Instagram tem os melhores momentos salvos nos stories ?
Se Shiva quiser, em 2021 teremos outra viagem com eles por aqui. Fique ligado!

Para mais detalhes sobre os roteiros para Índia no segundo semestre de 2020, é só clicar aqui.

Prepare sua lábia

Prepare sua lábia

por Lari

Se você é daquelas pessoas que gosta de negociar preços e chorar aquele descontinho, a Índia vai virar um parque de diversões, mas se você não tem essa mania, prepare-se para aprender a arte de pechinchar, você vai precisar dela ou vai acabar perdendo seu rico dinheirinho. Confesso que eu não tinha muito esse costume, mas depois de uns meses viajando pela Índia, meu amigo, me tornei Head of Pechincha. Pra você ter ideia de como eu fazia valer cada centavo, acho que a frase que eu mais disse em toda minha viagem depois de “Namastê” foi “This is not the price” (esse não é o preço).

Duas dicas básicas para todo início de conversa: 1) Nunca converta em reais o valor,  senão você vai achar inclusive o preço inicial barato. 2) Não tenha medo ou receio de parecer muquirana. Lembre-se: o vendedor nunca vai fechar o negócio se o preço não valer a pena pra ele, e se você estiver num bazar desses de rua, o vendedor sabe que se você não fechar negócio com ele, vai fechar com o vendedor vizinho.

Tudo é pechinchável. Fruta, temperos, calças, camisetas, artes em geral, e se você estiver disposto a ficar de papo com os vendedores, tudo isso vai chegar num preço tão atrativo que até a menos consumista vai querer levar uma lembrancinha para aquele tio distante.

sari
O valor inicial desse sari era 1200 rúpias, o preço final foi 650 (o preço para uma indiana ficaria 400).

Minha dica é que você converse com algum indiano ou indiana que não seja vendedor e tente descobrir o valor real das coisas. Sabendo quanto custa de verdade, você saberá quanto pode pechinchar (e quanto o vendedor está tentando tirar de vantagem em cima de você).

A melhor negociação que essa que vos escreve já conseguiu acho foi uma kurta (é tipo um vestido) que o preço inicial era 800 rúpias e eu levei 2 kurtas por 400 rúpias. Perdi 15 minutos, mas subi muitos degraus na Escola da Pechincha.

Pois bem, seja muquirana que nem eu, coloque um sorriso no rosto e mantenha o espírito esportivo que no final do dia você vai economizar muitas rúpias. E se você viajar com a gente, deixa comigo que vou ensinar como funciona a coisa toda logo de chegada, no Paharganj Bazar, em Delhi. Nosso próximo roteiro onde vamos passar por lugares que você vai querer carregar o bazar todo com você é em outubro, vem?