De 16 de fevereiro a
1º de março de 2025
• 10 vagas •

O Brasil está conectado à Índia desde o dia de seu “descobrimento” oficial, aquele clássico 22 de abril de 1500 que todos nós conhecemos. Afinal, a poderosa frota comandada por Pedro Álvares Cabral – que, com 13 embarcações, era a maior armada que até então qualquer nação europeia jamais enviara para singrar o Atlântico – não se dirigia ao Novo Mundo, mas, como qualquer colegial sabe (ou deveria saber…) ia, isso sim, para a Índia, no rastro da expedição que, dois anos antes, sob comando de Vasco da Gama, havia desvendado a rota marítima que unia a Europa ao Oriente.

O feito do Gama mudou para sempre a história da humanidade – a ponto de serem muitos os historiadores que apontam a data da chegada dos portugueses à Índia como o marco inicial da Idade Moderna. Só que, além de mudar os rumos da história, aquele feito também definiu, por anos a fio, os destinos do Brasil. Porque, tendo sido intencional ou casual (e, ao que tudo indica, há de ter sido proposital), a arribada de Cabral em Porto Seguro revelou que o Brasil era a escala ideal para as expedições que, a partir de então, Portugal enviaria em número cada vez maior para o Oriente.
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Cabral, Pero Vaz de Caminha, Nicolau Coelho (um dos personagens cantados por Camões nos Lusíadas) e os mais de mil tripulantes da frota passaram apenas dez dias no sul da Bahia – dias, aliás, mágicos, nos quais tudo deu certo e que ainda redundaram no advento da “certidão de batismo” do Brasil, a fabulosa Carta de Pero Vaz de Caminha. Mas tão logo a armada zarpou rumo à Índia, ela parece ter deixado em Porto Seguro a boa sorte que a acompanhara desde Lisboa até ali. Deu tudo errado.

As desgraças começaram menos de um mês depois da saída da Bahia, quando, ao dobrar o Cabo das Tormentas (já então rebatizado Cabo da Boa Esperança), a frota foi atingida por um devastador temporal: quatro naus naufragaram, 300 homens morreram e a armada se dispersou. Dentre os mortos, numa trágica coincidência, estava Bartolomeu Dias, o primeiro navegador e ter dobrado o cabo, doze anos antes. Embora fragilizada, a armada de Cabral chegou à Índia em 13 de setembro de 1500, ancorando em frente a Calicute, a fervilhante cidade na qual Vasco da Gama havia estado, em 1498. Cabral obteve autorização do samorim de Calicute para estabelecer ali uma feitoria, mas em 16 de dezembro o entreposto foi atacado por mercadores árabes – e mais de 300 portugueses foram mortos. Dentre eles, tragicamente, o primeiro cronista do Brasil, o extraordinário Pero Vaz de Caminha.

Cabral revidou com violência inaudita e atacou Calicute durante dois dias com uma chuva de fogo e pólvora. E então, decidiu navegar para o sul e ancorou em Cochin – uma cidade portuária linda e de grande importância comercial, que vivia submetida ao samorim de Calicue. Cabral chegou lá em 24 de dezembro de 1500 e travou de imediato ótimas relações com o governador local. E assim por cerca de dez anos, Cochin iria virar a capital da chamada “Índia portuguesa” e até hoje a cidade ainda guarda as marcas da presença lusitana. Cochin será justamente o ponto de partida do delicioso, informativo e divertido projeto Na Índia, com Cabral, Caminha, Camões e Bueno, no qual o escritor, jornalista e youtubber Eduardo Bueno pretende conduzir os participantes numa viagem oriental, um mergulho indiano, que também ajuda a entender o Brasil e sua posição nos primórdios da globalização.

Por volta de 1510, os portugueses transferiram sua capital na Índia para a fabulosa Goa, cidade que guarda ainda mais vestígios de sua presença no Oriente e que será a segunda parada dessa jornada. Goa, que chegou a ter mais do que o dobro de habitantes do que Lisboa era uma cidade fervilhante, dinâmica, sensual e corrupta, muito corrupta. Ainda hoje é um polo de diversão e arte, que atrai viajantes de todo o mundo, graças a sua aura cosmopolita e história repleta de ação, aventura e encantamento.

Durante os dias em que o grupo estiver em Goa e em Cochin, Eduardo Bueno vai ministrar, in loco, palestras elucidativas, burlescas e estimulantes sobre o império lusitano na Índia e sua estreita conexão com a história do Brasil – tema jamais abordado pela história “oficial”, tal e qual impingida no colégio – e traçar o perfil biográfico de quatro personagens extraordinários, como se verá. Bueno vai, de fato, discorrer sobre as vidas do desafortunado comandante Pedro Álvares Cabral (que caiu em desgraça e foi exilado logo após retornar a Portugal em julho de 1501), resgatará a trajetória do primeiro e genial cronista do Brasil, Pero Vaz de Caminha (morto em Calicute, atualmente uma feia e suja cidade industrial, que não vale a pena visitar), vai contar a história do cruel e sanguinário Vasco da Gama (que voltaria a Índia duas outras vezes e morreria em Cochin, em 24 de dezembro de 1524, exatos 24 anos depois de Cabral ter lá chegado – o túmulo do Gama ainda está lá, mas seu corpo foi trasladado para Portugal em 1539, mas a igreja de São Francisco, onde ele permaneceu enterrado por 15 anos segue lá e será visitada) e, por fim, vai mergulhar na vida e na obra do magnífico Luiz Vaz de Camões, maior poeta de língua portuguesa de todos os tempos, um boêmio, jogador e rebelde, sempre a desafiar o poder e os poderosos com o fulgor de sua pena encantada. Bueno pretende oferecer um guia para a leitura do épico poema que Camões escreveu no Oriente – e que foi capaz de salvar durante um naufrágio.

O cicerone dessa jornada de descobertas e inquietação pretende discorrer ainda sobre o mágico poder das especiarias – o cravo “da Índia”, o cardamomo, a noz moscada, a canela e as demais “drogas do Oriente” – que impulsionaram a saga dos portugueses pelos “mares nunca dantes navegados”, deram início ao comércio global, tornaram-se as primeiras comodities e acabariam fazendo com que os holandeses tomassem o lugar dos portugueses como potência mundial, conquistassem a Índia e ainda invadissem o Brasil em 1630 – em mais uma conexão entre a Índia e o Brasil.

Mas ir à Índia e conhecer apenas a antiga “Índia portuguesa” significaria realizar uma jornada incompleta. Portanto, na sequência da visita às mágicas Goa e Cochin, o grupo seguirá para o norte, conhecendo a vertiginosa Deli e esticando até Agra, para visitar o inescapável e majestoso Taj Mahal. Nessas duas localidades, Eduardo Bueno vai falar brevemente sobre a Índia muçulmana e sobre seu apreço pelo budismo e pela doutrina Hare Krishna, em especial sobre o extraordinário poema épica Mahabarata, que descreve toda a historia ancestral da Índia. Com hospedagem em antigos casarões colonais portugueses, movimentada programação diária, boas refeições e cerca de duas horas diárias de uma boa prosa com Eduardo Bueno, Na Índia, com Cabral, Caminha, Camões e Bueno de fato tem tudo para ser uma divertida e esclarecedora viagem no tempo e no espaço. Você está convidado.

Serão 14 dias/13 noites visitando
Fort Kochi, Alleppey, Goa, Delhi e Agra.

Esta viagem é para um grupo pequeno e exclusivo, com no máximo 10 vagas. Uma oportunidade única para quem quer conhecer uma Índia repleta de história contada in loco por Eduardo Bueno. Se este é o tipo de viagem que você está buscando, você encontrou as pessoas certas!

Esta viagem terá o acompanhamento do Roberto, que vive na Índia há 8 anos e é um grande fã de história, mitologia e fotografia, sempre em busca do melhor masala chai, de um farto thali e de uma boa conversa sobre os deuses de todas as religiões.

VALORES

US$ 5.150,00/pessoa

Forma de pagamento

Opção depósito, em 4 etapas:
1) Depósito bancário de 1.550 USD em reais* para inscrição;
2) Parcela de 1.300 USD em reais* em até 30 dias após a inscrição;
3) Parcela de 1.300 USD em reais* em até 60 dias após a inscrição;
4) Os 1.000 USD restantes deverão ser pagos na chegada em Nova Delhi, em dólares americanos.

– ou –

US$ 5.350,00/pessoa

Em até 10x no cartão de crédito + parcela na Índia

Opção com cartão de crédito, em 2 etapas:
1) Parcelamento de 4.350 USD em até 10x nos cartões Visa ou Mastercard, convertidos em reais no câmbio turismo VENDA do dia da inscrição*.
2) Os 1.000 USD restantes deverão ser pagos na chegada em Nova Delhi, em dólares americanos.

* Usando como base o dólar turismo VENDA do dia da inscrição.
Clique aqui para calcular o valor atualizado.

Sobre acomodação em quarto single (voluntária)
Caso prefira ficar em um quarto só para você, haverá um adicional de USD 1.350,00 no valor, a ser pago na inscrição, em Nova Delhi. Consulte previamente sobre esta possibilidade, ok?

Sobre acomodação em quarto single (involuntária)
Organizamos a viagem para acomodar sempre que possível duas pessoas em cada quarto, homens com homens, mulheres com mulheres (exceto casais, familiares ou amigos). Caso tenhamos número ímpar de gênero, o último inscrito poderá dividir o quarto com alguém do sexo oposto, e no caso excepcional de número ímpar de inscritos na viagem, para o último que se juntar ao grupo haverá um extra de USD 650,00 no valor total do pacote. A boa notícia é que você terá um quarto só seu. O valor adicional poderá ser pago na chegada, em Nova Delhi.

Aéreo:

Especialmente para esse roteiro, temos um bloqueio de voo saindo de Guarulhos até Delhi, ida e volta, viajando Qatar Airways. Caso você tenha interesse em se juntar ao grupo desde o Brasil, consulte nosso agente de viagens Henrique Mendel no WhatsApp (51) 99578-8850. Este pacote aéreo tem o custo de USD 1,700 e pode ser parcelado no cartão em até 5x.

O que está incluso:

Todos os deslocamentos terrestres (incluindo pickup no aeroporto);
Voo doméstico entre COCHIN-GOA (15kg de bagagem);
Voo doméstico entre GOA-DELHI (15kg de bagagem);
Passeio de Shikara, nas Backwaters de Kerala;
Acomodação em quartos duplos, com AC, banheiro privativo e café da manhã;
Entradas nas atrações previstas no roteiro;
Acompanhamento em português nos passeios e traslados mencionados.

Uma ajudinha no pré-viagem também está inclusa:

Dicas na compra das passagens aéreas;
Orientação sobre vistos, seguro saúde e certificado internacional de febre amarela (obrigatório e deve ser obtido no máximo 10 dias antes da partida, emitido gratuitamente pela Anvisa);
Dicas de livros, filmes e músicas pra já ir entrando no clima;
Sugestões de como arrumar a mala/mochila. Viajar leve é o segredo do sucesso e muita coisa é melhor deixar pra comprar na Índia.

Praticidade é tudo.

Se você preferir, podemos indicar um agente de viagens da nossa confiança para emissão dos bilhetes aéreos do Brasil até a Índia. Também podemos passar orientações sobre como esticar a viagem por mais alguns dias na Índia ou até mesmo nos países vizinhos.

O que não está incluso:

Passagens aéreas do Brasil até a Índia;
Taxas de embarque;
Despesas com documentação (passaporte e visto);
Seguro Viagem (faça uma cotação aqui)
Vacinas (contra Febre Amarela é obrigatória);
Refeições não mencionadas e bebidas;
Gorjetas aos motoristas e staff dos hotéis;
Early check-in no primeiro dia ou late check-out no último dia;
Qualquer outro item não mencionado como incluído.

Lembramos que toda documentação, passagens, vistos e vacinas são de responsabilidade do contratante.

Gostou da nossa proposta? Vamos conversar!

Queremos trazer gente legal, gente que goste de viajar sem frescuras como um grupo de amigos. Pessoas com a cabeça e coração abertos para novas culturas e experiências. Se você tem esse perfil, será muito bem-vindo! E se ficou com alguma dúvida, mande pra gente uma mensagem no WhatsApp e vamos nos conhecer melhor?

Política de cancelamento

Até 7 dias após o pagamento: devolução do valor integral pago do sinal.
Até 90 dias antes da partida: 50% de multa sobre o valor pago, descontadas as passagens domésticas já emitidas.
Após 90 dias antes da partida não haverá reembolso. (casos excepcionais serão analisados)

DÚVIDAS FREQUENTES

Vou sozinha/sozinho. Preciso pagar a taxa extra para quarto single?

Não, essa taxa é só caso você prefira ter mais privacidade e queira ficar em um quarto sozinho. Se você não se importar em dividir quarto e fazer uma nova amizade, a gente sempre que possível tenta montar os quartos duplos com homem dividindo com outro homem e mulher com outra mulher. Somente no caso excepcional de número ímpar de inscritos, haverá um acréscimo no valor para o último que se juntar ao grupo.

Já que o grupo não vai todo junto, onde a gente se encontra?

Cada integrante do grupo pode escolher o voo de sua preferência e deve estar no primeiro dia da viagem em Delhi. O traslado do aeroporto até o hotel está incluso. Para um maior aproveitamento da viagem, sugerimos que você opte por voos que cheguem pela manhã do primeiro dia do roteiro, a partir das 8AM (o quarto no hotel estará disponível ao meio dia).

Para fazer essa viagem eu preciso de visto?

Sim, você vai precisar solicitar o visto. O processo é simples: você só precisa entrar no site, preencher o formulário, fazer o pagamento e aguardar alguns dias. Depois que receber a confirmação, basta imprimir e levar junto com o passaporte para apresentar na imigração em Delhi, onde farão sua coleta biométrica.

Qual tipo de roupa devo levar?

Só pelo fato de ser estrangeirx você já vai chamar bastante a atenção, então para mulheres sugerimos levar roupas discretas, calças largas, saias abaixo do joelho e camisetas ao invés de regatas (se ainda assim preferir regatas, leve lenço para cobrir os ombros); para homens, calça confortável e camiseta, (alguns templos não é permitido entrar de bermuda, sempre avisaremos antes dos passeios).

Quanto devo levar de dinheiro?

Aconselhamos planejar aproximadamente USD 25 por dia para alimentação. Vale trazer alguns dólares a mais para quem quiser fazer umas comprinhas, massagens ou aulas de culinária/pintura/yoga por aqui.

Como são os hotéis que vamos nos hospedar?

Fugimos das grandes redes hoteleiras e escolhemos hotéis que são administrados por famílias que tenham a “cara da Índia”, justamente para contribuir com a economia local e deixar a experiência mais autêntica. Buscamos hotéis com personalidade, limpos, confortáveis e bem localizados.

E qual classe de trem vamos viajar?

Durante os deslocamentos diurnos optamos pela Sleeper Class ou AC Chair. Nos deslocamentos noturnos vamos com AC/3 ou AC/2, dependendo da disponibilidade.

Preciso levar papel higiênico?

Não, você não está indo para lua. É facinho de encontrar papel higiênico para vender e todos os hotéis disponibilizam.

Opa, eu quero!

Se você leu até aqui e se identificou com a nossa proposta, vamos conversar! Para confirmar sua presença, existe um passo-a-passo muito simples.

1) Mande uma mensagem para euquero@vemcomigoparaindia.com.br e vamos combinar uma vídeo-chamada;
2) Nós enviaremos o contrato com os dados de pagamento;
3) Após a confirmação, sua vaga estará garantida.